Sentar na frente da TV para ver aquele programinha divertido na hora em que não dá vontade de fazer mais nada pode não ser tão simples por aqui. Primeiro porque a qualidade do que é transmitido, mesmo se compararmos com padrões da TV aberta brasileira, deixa muito a desejar: muita fofoca, vida das celebridades, programas de auditório, jornalismo sensacionalista. Horas e horas de bateção de boca em torno do sexo dos anjos em cadeia nacional. Ah, e como eles gritam na TV... Gritaria objeto, inclusive, de comentário do Almodóvar em Volver: algo pasa con la tele-basura que nos hipnotiza...
Isso sem falar nos intermináveis comerciais. Chegam a durar 15 minutos! É tempo de aquecer a janta, tomar banho, dar uma volta na quadra...
Pra quem resistir a tudo isso, a saída são as séries, muitas versões e releituras espanholas para grandes sucessos, além da veiculação de garantias de audiência da TV norte-americana. Mas eu nunca vi mudarem tanto a grade de programação quanto nas emissoras daqui. Algo inconcebível para uma boa brasileira acostumada a encontrar os mesmos personagens, na mesma hora, dia após dia por longos meses.
Dizem, não sei, que teve uma telenovela brasileira muito anunciada que não durou duas semanas no ar. Pode? Pouca audiência, fora!
Outra coisa: são transmitidos até três capítulos de uma mesma série, um depois do outro, em uma mistura de novidades e velhas temporadas. Vai ver por isso a inconstância. Acaba a série logo, achamos outra para o seu lugar.
Eis que me preparava para ver Mujeres Desesperadas (sim, porque não há nada que resista em seu título original - ah, o nacionalismo espanhol...). E quê? Onde foram parar a Bree, Lynette, Susan e Gabriele?
Isso sem falar nos intermináveis comerciais. Chegam a durar 15 minutos! É tempo de aquecer a janta, tomar banho, dar uma volta na quadra...
Pra quem resistir a tudo isso, a saída são as séries, muitas versões e releituras espanholas para grandes sucessos, além da veiculação de garantias de audiência da TV norte-americana. Mas eu nunca vi mudarem tanto a grade de programação quanto nas emissoras daqui. Algo inconcebível para uma boa brasileira acostumada a encontrar os mesmos personagens, na mesma hora, dia após dia por longos meses.
Dizem, não sei, que teve uma telenovela brasileira muito anunciada que não durou duas semanas no ar. Pode? Pouca audiência, fora!
Outra coisa: são transmitidos até três capítulos de uma mesma série, um depois do outro, em uma mistura de novidades e velhas temporadas. Vai ver por isso a inconstância. Acaba a série logo, achamos outra para o seu lugar.
Eis que me preparava para ver Mujeres Desesperadas (sim, porque não há nada que resista em seu título original - ah, o nacionalismo espanhol...). E quê? Onde foram parar a Bree, Lynette, Susan e Gabriele?
O jeito vai ser me contentar com uma maratona de episódios da segunda temporada de Perdidos, enquanto eles ainda estão por aí.
No ranking dos mais assistidos ainda estão CSI e House.
2 comentarios:
Lili!
Pobrezinha...
A gente aqui tem uma leve amostra do que deve ser aí. Ouvi dizer que a tve (TV Española) que passa aqui é meio que um canal estatal, mas não tenho certeza.
Mas que já vi horas e horas de discussão o tipo Oprah/Márcia acerca de um sofá e público que deve tomar red bull...isso já vi!
Eu não sei...mas acho tudo com sotaque espanhol ganha um charme!
hehehe!
te cuida!
:)
Pra vc ver como não é exagero meu, Ana Marta. A TVE é uma rede de televisão pública mesmo, que oferece umas alternativas de programação mas que também transmite coisinhas da mídia cor-de-rosa. O legal é que eles participam de produções de cinema e divulgam essas iniciativas, mas em geral a TV daqui é isso que eu falei mesmo.
No começo eu cansava um pouco de assistir pela barulheira e de tanto escutar espanhol, mas agora concordo contigo. Eles falam forte, são meio durões no sotaque, mas têm seu charme.
Ah, e ontem, pra apoiar a minha reclamação, o apresentador de um debate pediu moderação aos participantes: "porque tinha gente tentando dormir em casa"...
Beijos ;)
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