20 marzo, 2007

Mercado latino

Longe de ser a primeira impressão que tive de Barcelona. Pra isso vou ter que recuperar o tempo perdido. Mas sábado passado, dia 17, estive em uma feira dedicada a imigrantes latino-americanos residentes por aqui.

Sem dúvida eles estão por toda a parte, integram o cotidiano da cidade e trazem junto novas necessidades e todo um imenso mercado de produtos e serviços a serem oferecidos. Pois ali estava a segunda edição da feira Vive Latinoamérica, patrocinada pela Ford, a reunir imobiliárias, bancos, escolas, advogados, serviços de telecomunicaçoes, mídias, além de associaçoes culturais e grupos organizados de diferentes países.

Entre equatorianos, bolivianos, peruanos, argentinos, mexicanos, também estavam, mais tímidos, os brasileiros, representados oficialmente por uma loja de jeans, que chamava a atenção dos visitantes pela presença de uma exuberante e típica brasileira, aquela dos desfiles de escola de samba.

Produtos latinos para sentir saudade e comprar. Muitos. De brasileiro, só a Guaraná Antártica que não estava à venda. Café e erva-mate, apenas paraguaios. Vamos ver o quanto a minha vontade de tomar chimarrao é maior do que o gosto de menta da mistura.

Um sábado diferente pra mim, mas muito próximo da realidade de L´Hospitalet, cidade vizinha a Barcelona, que, pelo que li nos jornais, apresenta uma concentraçao de imigrantes de diferentes países pela facilidade de locaçao e compra de apartamentos.

A feira seguiu no domingo, com sorteio de carro, distribuiçao de brindes, música e comida típica. Tudo um tanto exagerado e folclorizado, é certo. Mas estava ali um indicativo de uma presença forte e de uma demanda por formas de expressão e de consumo, para um mercado que parece começar a perceber os latinos com mais atençao.