23 julio, 2007

Claustrofobia

Meia hora presa em um vagão de trem na escuridão de um túnel entre Muntaner e Sarriá, a caminho da universidade. Sem ar, sem janelas, sem luz, com um calor que aumentava a cada minuto.

Problemas nos ferrocarriles ou nas linhas da Renfe são comuns por aqui. Atrasos, falhas, tudo muito normal até ser eu a ter que ficar ali, impotente. Nada a fazer a não ser tentar não pensar muito e controlar a respiração, que, exageros à parte, beirava a de um claustrofóbico.

"Que nos levem de bicicleta!", dizia uma senhora sentada perto de onde eu estava. Não foi preciso. Dessa vez a culpa foi de uma queda de luz em boa parte de Barcelona que gerou uma avaria do sistema elétrico, logo reparada. Luz e ar condicionado em funcionamento, mais uns minutos para sair do lugar.

E em uma fração de segundo enquanto esperava, lembrei das vítimas do vôo da Tam. Pensei sobre essas conjunções de fatalidades, erros, acasos que nos aproximam de situações limite. Nem todas tão simples de serem resolvidas quanto a que passei nessa manhã.

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Cortado e croissant para comemorar minha chegada na universidade.
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Até amanhã são 110 mil pessoas sem luz em Barcelona. No meu bairro, meu prédio é um dos poucos iluminados em meio a esse apagão causado por problemas em quatro subestações de energia elétrica.

3 comentarios:

Anónimo dijo...

depois falam do brasil neh hehehe... beijos

Dorotéia Sant'Anna dijo...

uau...aí também, é? Esse tipo de notícia não circula aqui e ficamos nos achando o Ó do borogodó!
beijo e saudade de ti

Liliane dijo...

Pois é, Tinho e Dozinha... tem dessas coisas no dito primeiro mundo também. Apagão na Barcelona pós-industrial. Ontem foi a vez de uma mulher do meu prédio ficar presa no elevador em uma das idas e voltas da luz. Mas hoje parece que tudo voltou à normalidade.
Mais calminha depois do susto.
Beijo pra vcs ;)