16 julio, 2007

Listas da viagem

Eu anunciei antes. Minha ida pra Veneza e Roma teve um pouco de tudo. Dias bem especiais, de surpresa, alguns contratempos e muita alegria. Resolvi compartilhar umas listas da viagem. Algumas são impublicáveis, mas aí vai parte da história:

The best:
Veneza
- Alto da Basílica de São Marco com vista pra praça e pra parte da cidade (na foto).
- Escadinha perto do campanário onde comemos nossos sanduíches feitos com produtos 70% mais baratos, comprados em Veneza Mestre, onde estava nosso hostal.
- Palácio dos Dogde. Especialmente a lojinha do museu e mais especialmente o autêntico veneziano que nos atendeu.
- A trattoria que salvou a janta da primeira noite quando não tínhamos nem água.
- Descanso ao som de boa música em outra escadinha, em frente de uma igreja que não lembro qual, depois de um dia de intensa caminhada.
- Praça São Marco ao entardecer.
- Vista da cidade do vaporetto de noite.

Roma
- Fontana de Trevi, a partir de um exercício cinematográfico de sumir com a multidão de turistas. E desde a tolerância de dividir a beleza do lugar (ali abaixo estão os japinhas sempre disputando os melhores ângulos).
- Passeio guiado pelo Coliseu. Melhor se tivesse sido com os estudantes que ficam do lado de fora e cobram baratinho pra dar vida às histórias do lugar, mas nosso guia espanhol não estava mal.
- Fim de tarde na Piazza Navona. E eu, na foto, tranquilinha junto à feira organizada por ali.
- Todos os bares do Campo di Fiori. A noite em Roma (a foto dá uma ligeira idéia mas a fotógrafa é aprendiz).








Lugares estranhos:
Veneza
- Parque dos Albaneses, a 50 metros de nosso hostal depois da Taís ter sido perseguida por um suposto albanês em Florência. E toda a minha bandeira pelo respeito às diferenças sendo afrontada pela dura realidade...
- Ônibus de volta da Piazza de Roma, com uma mulher de 2X2 que insistia em nos encarar
- Calabouços de Veneza e a Ponte dos Suspiros. Me senti à caminho da morte. Enjaulada como no cinema.

Roma
- Imediações da Estação Termini, com seus "vagabundos e sujeitos despossuídos" (segundo meu super-sincero guia), que nos esperaram com uma briga de garrafas.

Furadas:
Veneza
- Essa eu vou ter que contar, Taís, tuas duas malas carregadas sobre umas quatro pontes acima e abaixo não estavam nos planos originais. Mas serviu pra garantir que estamos em plena forma.
- A minha bolsa de 5 euros escrita em vermelho “Roma, Firenze, Venezia...” que manchou minha roupa logo no começo do primeiro dia.

Roma
(Ok, nossa primeira impressão de Roma foi um tanto negativa. Talvez só um pouquinho exagerada...)

- Trocar a passagem de trem e viajar sem lugar marcado de Veneza a Roma. Bom, até que rendeu umas parcerias divertidas e uma vista diferente do caminho... Com direito a CSI legendado em japonês ;)
- Esperar uma hora na fila do táxi para ir até o hotel na noite de domingo, com medo de ser xingada pelo taxista por causa da viagem curta. Chegar no hotel, ser xingada pelo recepcionista nem me lembro porque e ter que voltar a pé com as malas até o ponto de onde tínhamos saído, acompanhadas por uma mulher um tanto suspeita. Tudo porque nosso quarto estranhamente não ficava ali, mas na outra sede do suntuoso estabelecimento.

Surpresas:
- Domingo de missa e almoço tipicamente italiano em um povoado de 1200 habitantes em Conegliano, meia hora de trem de Veneza. Recebidas pelo simpático Dom Noé, padre de 75 anos que passou 15 no Brasil e é apaixonado por tudo que faça lembrar o país. A Taís saiu com o último documento que faltava para a sua cidadania italiana. Ele já fez pesquisas para a busca de papéis para mais de 2 mil brasileiros e tem toda a história guardada em arquivos ao lado de seu super computador através do qual se mantém online com a terrinha que deixou saudade.






Cenas inesquecíveis:
Todas em Roma
- Pedido de socorro para a única pessoa que sobrava na rua, no caso, um alemão chamado Ian de uns 20 e poucos anos hospedado nas vizinhanças. Medo ir a pé sozinhas pela ruela escura que nos esperava.
- Truques para esconder o decote e entrar na Basílica de São Pedro, onde uma comissão criteriosa avalia o decouro dos trajes de quem passa. Imagina se eu arrisco ser barrada depois de toda aquela fila?
- Dormir com a TV acesa, uma cadeira, uma mala e o terço do Dom Noé na porta para garantir a proteção no não recomendado hotel.


E sobreviver a tudo, manter o bom humor, conhecer lugares lindos, dar risada e voltar pra Barcelona feliz por me sentir, enfim, em casa.

4 comentarios:

Siena.Itália dijo...

Nossa Lili, como eu ri relembrando nossa passagem para Itália. Nunca esquecerei. Bjs com saudades... Taís

Liliane dijo...

Tu é a testemunha de que tudo é verdade, não?!!? Bom, tá mais pra cúmplice dessa história. Saudadona também! Beijos ;)

Anónimo dijo...

Lili!
Vibro contigo.
Muito legal toda essa experiência.
Demorei trÊs dias pra ler tudo.
hehe

bjo prof.

Liliane dijo...

Oi, Carol!!! Demorou pra sair um escrito novo, mas quando saiu... hehhehhe
Beijao ;)