Prato cheio para incentivar o debate sobre um tema presente no dia-a-dia espanhol, ainda que tratato muitas vezes, pelo menos nos meios de comunicação (desde uma observação livre dessa comunicadora estrangeira), de maneira redutora e simplificada: imigrantes vítimas ou envolvidos em casos de violência doméstica, em roubos ou tráfico, sujeitos anônimos chegados em cayucos ou pateras, e, mais recentemente mas com menos repercussão (como é próprio da cobertura jornalística em geral, por refletir casos não conflitivos), como vizinhos, cidadãos, que votam, vivem e constróem a economia, a cultura, o cotidiano.
As imagens estão nos sites dos principais meios de comunicação, com vídeo no El Pais e fórum de debates en La vanguardia. Participação imediata dos leitores, com posicionamentos ora um tanto xenófobos, ora solidários, mas, acima de tudo, com indicações de um sentimento gerado pela (obrigatória) convivência com as diferenças. Incrível como em pouco tempo a discussão via site faz emergir um conflito polarizado entre espanhóis e estrangeiros (tanto que chegam a identificar-se como tal). Sinais das arestas não tão resolvidas quanto pode parecer à primeira vista.
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